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domingo, 31 de julho de 2011

BREVE NOTÍCIA...

Voltando a escrever... Três poemas anteontem!... Agora, sem ter que encarar a sala de aula, tudo fica mais fácil...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

TREZENTOS!

Esta semana completei, segundo as minhas contas, trezentos livros lidos, durante toda a vida. É quase óbvio que alguma coisa deve ter escapado, um ou outro livro que não me lembre de ter lido, mas... isso pouco importa, não é?... Outro ponto: alguns eu li três vezes (O amanuense Belmiro), outros quatro (Memórias póstumas de Brás Cubas), e outros ainda cinco ou seis (São Bernardo, Dom Casmurro), pois a releitura é a marca genuína da grande literatura. Outras leituras, e certamente outras releituras, virão, e isso é maravilhoso. É, na verdade, uma verdadeira bênção.

PANORAMA LITERÁRIO

Pegando dois conceitos de Antonio Candido, o de sistema literário, e o seu oposto manifestações literárias, eu diria que o panorama literário brasileiro atual é o de um "sistema de manifestações", algo inédito, certamente, no país, uma situação híbrida. Explico. Até o concretismo, mais o menos fim dos anos cinquenta, e os anos sessenta, os escritores eram, no Brasil, uma classe na qual os membros se relacionavam, trocavam ideias e experiências, havia uma densidade, uma coesão que não há nos dias atuais. Havia, para usar o bom português, verdadeiros "clubes culturais", sobretudo no Rio de Janeiro, em torno da atividade jornalística. Hoje, ao contrário, os escritores engendram suas obras na solidão, sem, ou com pouquíssimo, intercâmbio intelectual "cara a cara", algo que estimule e, de uma certa maneira, condicione a escrita socialmente. O intercâmbio, e mesmo o aprendizado da escrita, no final do século XX (geração de 90) e início do XXI, se dá essencialmente pela leitura. O sistema literário pulverizou-se, atomizou-se. Os autores estão isolados, com poucas exceções, sem qualquer preocupação ou intenção de erguer "escolas". É a era das obras radicalmente personalísticas. Isso é bom, e ruim. Bom porque a criatividade, o bom gosto, e o talento, prevalecerão com cada vez menos enganos, e ruim porque muito se perde com a falta de diálogo entre criadores.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

MINI-CONTO: APARÊNCIAS, VERDADES E CONTINGÊNCIAS

Dora fazia natação, hidroginástica, e tinha um personal trainer;
Amanda trabalhava numa agência de modelos masculinos;
e Carolina fazia ponto e cruz em casa, cercada de empregadas.

o óbvio:
Dora jamais teve qualquer coisa com o personal que não fosse profissional;
Amanda não namorava, e não transava, com nenhum modelo,
pelo contrário tinha namorado fixo e era só dele;
e Carolina tinha três amantes, fora o marido bonachão.