VIDA
Ela
chegou assim, de manhãzinha,
aérea
e leve, misturada ao toque morno
do
sol que despontava: ela chegou,
e
aos poucos vem me dando casa...
No
rosto, traços de um país distante,
e
no nome um delicioso gracejo...
Se
eu me ocupava com outras rimas,
em
alpinismo desesperançado,
posso,
agora, fincar o meu traçado
em
mais quotidianas linhas:
as
que um sorriso faz,
as
que, ponto a ponto, vão se firmando,
quando
olhar encontra olhar...
E
assim termino este poema:
com
a lembrança de algo que se inicia,
sempre
que os tenho, os olhos dela,
me
procurando pelas cercanias:
uns
chamam um tipo de jogo
– eu chamo um tipo de vida.
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