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segunda-feira, 18 de junho de 2012

CRÔNICA DA CASA ASSASSINADA

Livro para ser, sobretudo, "matutado". Acabei de ler, e não sei bem o que dizer, mas como se não disser nada essas minhas fracas primeiras impressões se perderão, e com novas e novas leituras (de outros livros) acabarão por restar apenas restos de simplicidades, imagens fragmentárias do que li, então - então aqui vai o que calou em mim:

A condução do enredo, com uma reviravolta no final, amalgama a "grande literatura" (por falta de melhor termo) com a literatura de mercado, nada demais, algo que Dostoievski fez em Crime e Castigo (muito ostensivamente), e em Os irmãos Karamázov (mais brilhantemente).    

A fraqueza inerente ao humano é, me parece, o motivo mestre do livro, sem perda do caráter contraditório de qualquer um de nós. São personagens fracas justamente porque fortes, e fortes porque fracas. Duas faces indissociáveis de seres ficcionais tão intensamente vivos como estes.

Não fossem alguns deslizes de linguagem, notados esparsamente, seria o caso de chamar a Crônica de Lúcio Cardoso de obra-prima.

Quase a chamo.

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