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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

One of my english poems

I used to be sad... good times...
but I've never walked to the light;
it was just a way of having fun
(some people have sex, some people run).

yes... but no: no sex at all
(only what's in the manual);
I looked through the window, watching rain,
and ghosts from the past visited me again,

lost Love, good jokes, my hometown;
I used to be sad... how about?
but life, day by day, took me my toy
(what's left is really the lonely joy)

now I'm calm; I put it behind;
but ghosts from the past... never mind.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Klaus Hoffmann

Outro músico estrangeiro (já falei aqui do Zeljko...) não-anglo-saxão, de quem eu gosto muito, é o alemão Klaus Hoffmann. Creio que seu estilo tem algo a ver com a música "de raiz" alemã, mas não tenho certeza disso, por isso não vou arriscar uma afirmação categórica, rs...

Só posso dizer ao meu possível leitor que tente conhecer esse artista. Veja a canção "Berlin" (a que mais gosto),  ou "Wenn du liebst" (que, segundo me aponta o meu parco conhecimento de Alemão, tanto pode ser traduzido como "Se tu amas", como também como "Quando tu amares"), que também é belíssima, e se você a vir numa apresentação ao vivo que está no Youtube, poderá perceber o carisma desse senhor.

É isso. Abraço.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Poemeto

quem disse que amar é sofrer passou perto:
amar é estar sempre tentando prolongar os momentos
em que se sente verdadeiramente o coração bater.

já a falta de amor ocorre quando ele não bate...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

sábado, 15 de janeiro de 2011

Dr. Jivago

Enfim, consegui assistir a Dr. Jivago até o final (em três dias, é verdade...)! O filme que me provocava uma tristeza profunda quando eu era molecote - a cena, logo no começo, em que uma menina é abandonada numa passeata, era para mim especialmente difícil de suportar... - deixou-me, agora que tenho 33 anos, muita barba e uma calva, um tanto quanto descontente: é que não me pareceu um bom filme. Eu assisti à versão clássica mesmo, de 1965, com Omar Sharif etc., e o que vi foi, honestamente, algumas belas cenas (por exemplo, a da própria passeata, e do massacre que se seguiu) costuradas a muitos clichês (por exemplo, o idílio campestre que a família de Jivago encontra no início de sua estada em Varykno), e uma grande dose de melodrama. Creio, após alguma reflexão, que isso se deve ao contexto de produção: em 1965 o cinema ainda não havia atingido a maturidade que atingiu nos dias atuais, depois de obras-primas tais como Beleza americana, Mulholland drive, Magnólia etc. Eram, os anos sessenta, uma época de muita ingenuidade, e de choro fácil (obviamente, esta hipótese refere-se apenas ao cinema...). Talvez deva-se chamá-la a "Era do Kitsch". Não estamos mais nela, mas também temos nossos defeitos: a nossa poderia ser chamada, sem erro, de "Era da infantilidade", pois se, de um lado, temos as mencionadas obras-primas, de outro temos a todo ano lançamentos em quantidade gigantesca de pipocões infantilóides, direta ou indiretamente relacionados com os quadrinhos, entupidos de efeitos especiais, e sem muita preocupação com alguma Weltanschauung, e com a arte em grau elevado.
Lição a tirar: cada época tem suas cáries, seus cremes e fios dentais, e, infelizmente: os seus banguelas.

Outro: A cenoura e o burro

A CENOURA E O BURRO

ele lutou durante anos a fio por sua utopia,

até perceber que sua concretização era iminente,
e seguir o caminho oposto, levado por uma lógica implacável.

Um mini-conto: Mau partido.

MAU PARTIDO

a desgraça de joaninha foi ter-se "enrabichado" pelo jeremias:

pediu-a em casamento, deu-lhe casa, mesada, três filhos,
e o rogério - um cunhado alto, de corpo atlético e olhos azuis -,
que a levaram à sepultura antes dos quarenta.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Pasárgada e afins...

"Vou-me embora pra Pasárgada,
Lá sou amigo do rei;
Terei a mulher que eu quero,
Na cama que escolherei..."

É parte da natureza de Pasárgada o fato de ela não existir, mas há dias que eu desejo imensamente ir para lá...

- "Terra à vista!" - Não... é apenas o enjoo do marujo mesmo, que causa alucinações...

Se eu pudesse falar com deus, pediria, drummondianamente, outra humanidade...

Vai dormir, Daniel.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Nomeado!

Saiu em diário oficial: fui nomeado Professor de Educação Básica II do Estado de São Paulo! Aprovado em concurso!
Minha alegria, nesse momento, como vocês podem imaginar, é indizível...
Meus futuros alunos têm a minha palavra de que terão em mim um profissional dedicado e honesto, muito mais um intermediário na relação deles com o saber do que um "detentor de conhecimentos" (a serem transmitidos).

Que eu encontre pelo caminho a dose necessária e suficiente daquilo que faz os grandes homens...

É isso. Hasta la vista!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Lorelei: uma paráfrase possível

Um fragmento de vida; por assim dizer, um "instantâneo": um homem numa calçada, ou num trem, ou num jantar, vê pela primeira vez uma bela jovem. Num átimo, ele sente uma pontada no peito, e como que o corpo inteiro desfalecer... Presa dessa visão, ele a acompanha, enquanto ela atravessa a rua, ou sai do vagão, ou simplesmente conversa com gente à sua volta, sem dar atenção a ele...

Lorelai, de Heinrich Heine

LORELEI

Ich weiss nicht, was soll es bedeuten,
Dass ich so traurig bin;
Ein Märchen aus alten Zeiten,
Das kommt mir nicht aus dem Sinn.

Die Luft ist kühl und es dunkelt,
Und ruhig fliesst der Rhein;
Der Gipfel des Berges funkelt,
In Abendsonnenschein.

Die schönste Jungfrau sitzet
Dort oben wunderbar,
Ihr goldnes Geschmeide blitzet,
Sie kämmt ihr goldenes Haar.

Sie kämmt es mit goldenem Kamme,
Und singt ein Lied dabei;
Das hat eine wundersame,
Gewaltige melodei.

Den Schiffer im kleinen Schiffe
Ergreift es mit wildem Weh;
Er schaut nicht die Felsenriffe,
Er schaut nur hinauf in die Höh.

Ich glaube, die Wellen verschlingen
Am Ende Schiffer und Kahn;
Und das hat mit ihrem Singen
Die Lorelei getan.


TRADUÇÃO (POR MIM):

LORELAI

Não sei bem a que leva
Tamanha tristeza que me toma;
Uma estória, tão velha,
Ela própria se me conta.

Escurece, com fresca brisa,
E o Reno corre com vagar;
Atrás da montanha o sol ainda brilha,
Em noite solar.

Lá no alto, como deusa,
Belíssima moça está sentada,
E com mil feitiços ela penteia
Suas madeixas douradas.

Também é dourado o pente,
E ao pentear-se ela canta;
Quão maravilhosamente
O mundo a melodia ganha!

O pescador no barco pequenino
É tomado por dor lancinante;
Não vê a rocha assassina,
Devido ao canto que o faz amante.

Penso que as ondas, no fim,
Hão de devorar pescador e barco;
Nada faz isso ser assim,
Senão o canto de Lorelai.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

HERÓI

Herói

na solidão daquele
cujo passado jamais descansa,
e a dor e a revolta armadas em lembrança
à sua frente como um teatro de sombras vagueiam,
vêm de mãos dadas a fé e a esperança,
tomá-lo sob seu domínio,
e fazer dele rei de seu próprio destino.
é nas duas musas que se apóia
a valentia do guerreiro, e o que era poente
renasce para a História,
e o que era desejo de morte
converte-se em fonte de eterna glória.
assim, sem fugir do mal
ainda que o temendo,
e sem render a alma
ainda que da vitória descrendo,
faz-se o herói,
aquele cuja virtude maior
é simples, porém rara:
a de abrir com as próprias mãos a sua estrada,
e de produzir com os próprios pés a firmeza do seu chão,
e de manter sempre viva entre os que o cercam
a verdadeira riqueza: a confiança na palavra dada.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Você conhece Zeljko Joksimovic?

Para quem não sabe, Zeljko Joksimovic é um músico (cantor, multi-instrumentista, e compositor) sérvio, que faz muito sucesso na região da antiga Iugoslávia (Croácia, Macedônia, Bósnia-Herzegovina, Eslovênia, Montenegro e, é claro, Sérvia). Suas composições misturam a "música de raiz" sérvia com o pop anglo-saxão, o que resulta, para os meus ouvidos, em algo muito agradável. É um dos meus artistas prediletos, e aquele que mais ouço no momento.

Procure no Youtube. Sugiro que comece por Nije do mene, depois veja Ljubavi, ou Lud i Ponosan. Pode-se ainda começar a conhecê-lo logo por uma faixa bem rock, sem essa coisa de "raiz", tal como Devojka. 

Tudo isso posto, devo dizer que é preciso "perdoar" Zeljko por uma incursão pelo tecno, e por alguns clipes horríveis a la Caldeirão do Huck (como Telo vreteno), águas passadas. O Zeljko atual é o de Nije do mene.

É isso. Tente conhecer, e se gostar, divulgue também.

Abraço!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Poem

My later statue

this breathing statue is not ancient nor glued,
it's not painted nor spread;
it is not hunted nor bought,
it's not sung nor read.
but it has a history:
a whale of sand became
a shadow crossing the window,
and a drop of beauty fever
inside my grave.
it has grown, grown...
and once it made every ocean worth every prayer

(I'm at this point right now,
and at this point I'll surely stay)

but...
I'll never be able to give her a name,
but that is a star during the daylight,
cos' it'll always live on my lips - her taste.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Adentrando 2011...

Este ano iniciarei minha atividade numa profissão maravilhosa: a de professor de Língua e Literatura. Que bênção, meu deus, viver de ensinar jovens e crianças a ler, escrever, a conhecer pela via da escrita!... Poder fazer a diferença para quem começa a trilhar o matagal da vida... (põe matagal nisso: não dá para ver onde se pisa, de vez em quando aparece um ratão, ou um montinho de merda...). Não tenho algumas ilusões, mas certamente tenho outras, e não sei como estarei daqui a vinte anos, se meu otimismo estará completamente derrubado por uma realidade bolorenta e fedida... Creio que o melhor, no momento, é não fazer muitas projeções, e sim mergulhar com toda a vontade no ofício que se me apresenta... A minha maior verdade é, por enquanto, esta: uma vida inteira de bons ventos não ensina nada. Há que se vivenciar a tempestade, para aprender.