Te procuro, vida,
em sonho, envolto em treva,
e quanto mais minha alma precisa,
mais é certo que tu não te entregas...
Quero teu beijo, vida,
quero o toque dos teus dedos,
mas, quanto mais anseio, e anseio,
menos tu te arriscas...
Teu beijo...
Como desespero! e meu olhar,
diante de tua imagem, sempre a mesma,
afasta tudo que não é sonhar...
Sim, teu beijo.
E tua pele junto à minha, despida:
é o que minha língua desenha,
quando diz teu nome:
calor que me consome,
doce e terna cantilena,
- eu disse "vida"?
Não é certo...
És bem mais que isso...
És, simplesmente... Samira.
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