Me dá tua mão
menina-moça, Mulher;
me dá teu sorriso
e teu olhar tristonho,
tão entregue,
que deles farei versos
de lua branca, como a tua pele,
de querer desesperado,
e de verde florescer,
em que me vejo, alegre...
Os dias seguem
e o ar vai faltando...
uma preguiça angustiada,
um alheamento
quando a casa é cheia,
e uma inquietude
quando é calma...
Meu pensamento te procura,
sempre, em tudo,
e chega a parecer um crime,
quando contigo não sonho...
Sim, um crime...
Me dá, então, tua mão,
para que juntos
penetremos o nevoeiro,
e convençamos os deuses do sono
de que somente
com teu corpo colado ao meu
podemos enfrentar
nosso humano abandono.
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