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quinta-feira, 24 de maio de 2012

A RECHERCHE

Acabo de ler os sete volumes da Recherche. Um livro irrepetível (até porque repeti-lo não seria boa prática literária). Vale pra ele o que Pound disse do Shandy (conferir o ABC da literatura).
Sinto ter lido uma tradução. Preciso realmente aperfeiçoar o meu Francês, pra ler no original.
Confesso que passei por momentos de cansaço, durante essa empresa, mas... uma vez terminada, fica a sensação fortíssima de realidade, de concretude, de vida. Proust salvou-se do esquecimento, afinal.
Fica a dúvida cruel: alguém como Proust, com sua Recherche, só pode ser fruto de anos de ócio, e portanto de uma sociedade inigualitária. Compensa?

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