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segunda-feira, 18 de março de 2013

O SÉCULO

Sobe o pano,
E as armaduras ainda estão
A nos enfeitar os torsos,
E a espada ainda erguida
Anuncia que estamos certos,
Sempre,
E de coração aberto,
Somos poucos.

Quanto calor há para este berço
Impróprio para a sabedoria?

Quisera percorrer as estepes, as pradarias,
E mergulhar n'água clara dos rios
Que se espalham por matas bem mais que simplórias:
Matas cientes, de muito, de sutilezas.
Ó matas, dai-me um rumo,
Pois não tenho pai nem mãe,
E o caminho é turvo...

Considero a pedra:
Dura, fria, morta. 
Será mesmo?...
Estranho é, que ela me diz de outras Eras,
Não só as passadas, mas
Também as vindouras...
Sim, um tempo de espera,
E com ele, talvez,
A realidade corrosiva da terra
Em que se digladiam
As duas guerras: a do Sim,
E a do Não.

Qual guerra vencerá importa menos;
Que morram ambas!

E assim possamos acender a fogueira
Em torno da qual dançaremos
Celebrando o entendimento.



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