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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

INFRA / SUPERESTRUTURA

As mulheres talvez não façam ideia do poder que têm nas mãos. Ou melhor: nas pernas. Entre.
Me explico: ontem, indo "bandejar" (não, não é basquete. Tava indo pro restaurante da faculdade, jantar), passei em frente à biblioteca e ali, num dos bancos de concreto, eu simplesmente vi uma moça de shortinho, com uma perna dobrada, pé em cima do banco, e a outra razoavelmente afastada, pro outro lado. Sim, pode-se dizer: de pernas abertas. Quase tive vertigens. Era uma bela moça. "Isso não se faz", pensei, ou, "Assim você mata o peão", e etc.
Indo adiante. O fato é que isso me fez pensar, indo bem adiante, que apesar de tanta cultura, ainda somos fundamentalmente seres biológicos. Dá, sem muita perda ou distorção, para adaptar o par- infraestrutura / superestrutura - marxiano, usando-o para nos explicar sob uma ótica diferente: nossa infraestrutura é biológica, e nossa superestrutura é cultural. Ocorre, no entanto, que a superestrutura promove deslocamentos e adaptações diversas em seu alicerce biológico, gerando um sistema mais complexo do que o binômio pode sugerir. Traduzindo: não é só o que está entre as pernas da fêmea que excita o macho, mas pode ser um sorriso, um jeito de tombar a cabeça, uma meiguice, etc. (encantos que podem ser vistos também como biológicos, mas que têm uma carga de convenção em si, de construção cultural, que me faz colocá-los na superestrutura). Sim, tudo bem. Eu precisava fazer essa concessão. Contudo, como eu disse, a infraestrutura é o biológico, e ao que tudo indica continuará sendo. Assim: nada exerce no macho um poder mais escravizante do que o entrepernas feminino, e seguirá exercendo, enquanto formos humanos.   

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