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domingo, 6 de janeiro de 2013

ATITUDE DE ARTISTE

Certo executivo de uma editora não muito grande aqui do Brasil produziu, recentemente, uma pérola que dizia mais ou menos assim: "O problema é que os escritores brasileiros escrevem para os amigos, escrevem para ganhar o Nobel, e não para vender".
Ora, ora. Me parece óbvio que num país sério o escritor artiste, aquele que escreve pensando principalmente na qualidade dos seus escritos, na sua originalidade, na sua perspicácia e acuidade quanto ao que nos faz humanos, esse escritor deveria vender mais que aquele que explora nichos, preconceitos, vulnerabilidades diversas, do mercado e do público leitor, com o intuito claro de fazer dinheiro. Estarei errado? Será o certo a segunda opção?
Claro, a situação atual desespera quem quer a qualidade, situação em que vingam venenos alegadamente doces de escorpião e muitos tons de cinza, mas... o escritor dotado realmente de ideias e de boa-vontade deve, penso eu, abraçar a causa da educação do público leitor (por mais desprezível que seja a verticalidade inerente a essa atitude). Isso implica muita batalha, sobretudo de... marketing. Sim, marketing.
Se fizermos um bom trabalho nessa esfera, creio que com o tempo os autores de qualidade venderão mais e mais.
É uma esperança. De artiste.

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