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domingo, 15 de dezembro de 2013

ANO QUE VAI, ANO QUE VEM...

Vem chegando o Ano-Bom, e eu começo a fazer o balanço do que vai, e a pensar o que esperar do que vem. Este 2013 foi um ano de fortalecimento. 2012 havia sido um ano de ajuste, de aprendizado, de correções. Este não: quase não mudei uma vírgula na minha linha de atuação; apenas enrijeci, fiquei mais robusto, mais duro, mais tenaz.
Júlio César, o general romano, já nomeava o que fazia a fraqueza dos gauleses: o abrandamento da vida, em facilidades e "riquezas" que diminuíam o moral, e o fazia em comparação com os germanos, cujo estilo rústico e despojado de viver constituía um fator determinante de sua força e eficácia militar.
Pois Deus foi, digamos, bem austero, bem cuidadoso, comigo neste 2013: uma otite que durou seis meses, com corrimento interno e dores espaçadas, e cujos vestígios ainda me incomodam vez por outra; e uma diarreia crônica, diária o ano todo (com raríssimos momentos de trégua), que me impediu qualquer aventura que incluísse uma distância muito grande de um banheiro limpo e decente. Tudo isso para ficarmos no campo da saúde, porque no geral há também o meu cachorro, que me obriga a uma tarefa igualmente diária, sem absolutamente nenhuma interrupção, de lavar a varanda, catar merda, sair com ele para passear, etc. Como disse Trollope: "uma obrigação diária, se for realmente diária, se converte num fardo que deixaria o próprio Hércules exausto a mais não poder", isto é, com meio metro de língua pra fora (pode parecer pouco, mas é precisamente o cachorro que me impede de descansar, de me refazer por completo).
Então, como disse, me fortaleci. Me adaptei a uma vida mais enxuta, mais férrea. Mas espero algum abrandamento para o ano que vem. Nada que me enfraqueça, claro está, mas apenas que me canse menos e me faça sorrir mais. Será pedir muito?  

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