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sábado, 8 de fevereiro de 2014

OUTRIDADE?

Me deparei com uma outridade autêntica, escrevendo um conto. As personagens não são, realmente não são, e isso é novo, daí a ênfase, não são ecos da minha própria alma. Têm personalidade diferente de qualquer projeção que eu faça a partir da minha. Ou, ao menos, é o que penso no momento.
Mas o que queria dizer aqui, de fato, é que tomei consciência de que a busca pela outridade não é a única maneira de escrever, de criar seriamente. Projetar a partir de si mesmo pode ser, sim, uma forma de produzir literatura de qualidade, se essa for a sua forma autêntica, natural. Sim, natural: não convém contrariar a própria natureza, em nada.
Me despeço, assim, de uma fase, e de uma certa culpa.

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