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domingo, 17 de novembro de 2013

KUNDERA, MANN, E ETC.

É impressionante como não se ouve nem se lê muita crítica tratando do enorme romance A brincadeira, de Milan Kundera! É talvez o mais perfeito que eu já li na minha vida, e olhe que eu já li alguma coisa!
O romance de Kundera é profundamente filosófico, com visões de mundo e personagens contrastantes, contraditórios às vezes, com um senso do caráter contingente e extremamente problemático da condição humana, que espanta. Vai além, muito mais além, de A montanha mágica, de Thomas Mann, que tem um certo ar "forçado", pedante. Kundera consegue ser mais filosófico porque mais orgânico.
E, claro, há a tristeza que emana de A brincadeira, o sentimento irrefreável de ter sido derrotado pelo Tempo e seus fantoches, suas engrenagens.
É preciso ler A brincadeira.
E A montanha mágica também.

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