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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A HORA É AGORA!

É triste, mas na maior parte de minha vida eu estava projetando o futuro. A felicidade estava no futuro. O presente era sempre provisório, o futuro, ao contrário, seria pautado por soluções para os problemas que me afligiam. Tudo, tudo estava por vir, por ser alcançado.
Bom, eu hoje tenho 36 anos, e então me pergunto: e aí? Já chegou o futuro, ou ainda está lá, no horizonte?
Para responder, fiz o seguinte teste: peguei o que eu faço hoje, e projetei no passado, como projeção para o futuro naquele passado. Me explico: como seria eu, há quinze anos, pensando em fazer o que faço hoje, quinze anos depois, quando "hoje" chegasse?
Resultado: eu pensaria: aí está uma boa parte do que chamamos felicidade.
Só que hoje, antes de fazer esse teste, eu já estava, de novo, projetando o futuro, achando que o presente era de pouca valia.
Então penso comigo: Daniel, fodam-se os problemas, o presente é bom, e é nele que está a vida! Se continuar projetando, e ansiando, e esperando, e angustiando, sem viver o agora, cê vai morrer sem ter vivido, porra!
Verdade. Muito verdadeira.
Então é isso, vamos lá, ver se vivo alguma porra nesse futuro convertido em presente, nesse presente que é o meu, com suas dores e seu sorrir. Ao que me parece, é o primeiro passo.

2 comentários:

  1. A eterna autocondenação de nossas próprias escolhas, que sempre e indefinidamente poderiam ter sido mais capazes de nos proporcionar um presente-futuro melhor que o hoje constatado. A vida não tem rascunho, amigo. Uma hora é preciso parar de responsabilizar as escolhas e aprender a se foder e dar risada. Seria esta a sua hora 36? Não sei, você não sabe, ninguém sabe. Só quem sabe é quem já está adiantado demais para poder voltar atrás.

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