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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

UM ASPECTO

Algo que reparei: nós falamos, e pensamos (pensamento verbalizado apenas mentalmente) sem ter consciência do que exatamente vamos falar. Digo: nós começamos as frases sem um saber consciente de onde elas vão dar. Por exemplo: estou sentado na cama, refletindo sobre um assunto qualquer, e então penso: "é tudo muito mais sutil e delicado do que as pessoas costumam pensar". Ora, quando estava pensando "muito mais sutil" eu não enxergava, mentalmente, nem uma pontinha do "costumam"... Mas segui pensando, e a frase toda se formou. 
Isso me leva a constatar que existe um nível mental produtor de linguagem, e que ele não é consciente. Será então inconsciente? Não creio. Penso que se trata de subconsciência, algo que pode em parte ser administrado conscientemente (basta ver que podemos "segurar a língua" quando é necessário), mas que não pode, em termos estritos, ser controlado. Já tentou, por exemplo, só falar algo quando já tiver enxergado toda a frase? Você falaria uma frase por minuto, se tanto! É um trava-pensamento e trava-linguagem super eficiente. 
Pois é. Que não me escape nenhuma abobrinha.  
 

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