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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

HERÓI

Herói

na solidão daquele
cujo passado jamais descansa,
e a dor e a revolta armadas em lembrança
à sua frente como um teatro de sombras vagueiam,
vêm de mãos dadas a fé e a esperança,
tomá-lo sob seu domínio,
e fazer dele rei de seu próprio destino.
é nas duas musas que se apóia
a valentia do guerreiro, e o que era poente
renasce para a História,
e o que era desejo de morte
converte-se em fonte de eterna glória.
assim, sem fugir do mal
ainda que o temendo,
e sem render a alma
ainda que da vitória descrendo,
faz-se o herói,
aquele cuja virtude maior
é simples, porém rara:
a de abrir com as próprias mãos a sua estrada,
e de produzir com os próprios pés a firmeza do seu chão,
e de manter sempre viva entre os que o cercam
a verdadeira riqueza: a confiança na palavra dada.

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