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quinta-feira, 28 de abril de 2011

TO A YOUNG LADY

se me nego a sofrer demasiadamente,
e me oferto o sorrir frente a frente com a tristeza,
é porque sei que a cada lado do caminho
há a tua mão, invisível sob a neblina,
a me amparar o corpo cansado, e me aquecer a pele adormecida...

sempre, sempre nos procuramos sob a sombra,
e nos confortamos um ao outro com olhares calmíssimos, sérios: atentos.
nunca seremos menos do que a própria e eterna criação,
porém sempre tímidos e modestos, como o nascer dos passarinhos,
ou o verdejar de uma pequena planta...

e é com essa simplicidade que eu queria dizer,
sem quaisquer veleidades de músico ou poeta,
que você é para mim a incortonável vereda,
a passagem sempre aberta para a lua cheia,
luz noturna que me banha e me acalenta,
sem que eu jamais me veja
despido do amor, e me entregue
eternamente em oferenda.

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