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domingo, 26 de dezembro de 2010

Heródoto

Sou da opinião de que é preciso ler Heródoto. Na verdade, eu já tinha essa opinião antes de lê-lo, sem saber bem por quê, meio que entrevendo razões colhidas de segunda mão. Mas agora que já o li (a sua História, edição da Ediouro), inteirinho, sei bem porque se deve lê-lo (meus motivos, obviamente, não esgotam a defesa dessa leitura, o que quer dizer que não são os únicos possíveis...). É indizível o prazer, e o crescimento que o acompanha, entranhados no ato de conhecer a obra desse historiador grego, um dos primeiros de que se tem notícia, senão o primeiro (Tucídides lhe é posterior, mas não sei se há alguém anterior...). A imaginação se expande, rumo ao infinito, quando os olhos percorrem a história das guerras médicas, da loucura de Cambises, do cerco de termópila, dos costumes dos persas, medos, citas, egípcios, tessálios... etc., etc., etc. Esse é o prazer: imaginar. O conhecimento, por sua vez, reside principalmente num aprofundamento da noção da complexidade do caldo humano, caldo em que cabem inúmeros ingredientes, muitas vezes contraditórios. Heródoto nos dá uma infinidade desses ingredientes, e do contato com eles saímos mais maduros, mais ponderados: mais humanos.
  

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